Eu fui criada na fronteira
Meu sangue é de arara
Pense numa disposição
Eu sou do clã da pá virada
Da pá virada
Eles matam, e desmatam e envenenam
E escravizam e explodem tudo
Eles mancham e desmancham
Envenenam e traficam
E roubam tudo
De farda ou a paisana
De terno ou de havaiana, eis o mal
Então eu canto, canto, canto
Mas não se engane
Em cada verso há um contra ataque
Então eu danço, danço, danço
Mas não se engane
Em cada passo há um contra ataque
E não tem nada nem ninguém
Que me faça esquecer de onde eu vim
E o que eu vim fazer